Pico de audiência em live e Sérgio Moro nos bastidores

Recorde de audiência

Para comprovar que a audiência não se conquista apenas pela TV, o primeiro debate da Band no segundo turno, que aconteceu no domingo (16), em parceria com UOL, Folha de S.Paulo e TV Cultura voltou a bater recorde de telespectadores em seu canal no YouTube. Foram mais de 2,2 milhões de visualizações registradas, cerca de 46,67% a mais do que no primeiro turno. Assim, a transmissão da Rede Bandeirantes se tornou a maior live jornalística da história do YouTube Brasil. Na televisão aberta, por outro lado, foi observada uma audiência um pouco mais baixa (-0,7 p. p.), com média de 12 pontos durante a exibição e pico de até 14,5.

O novo formato de debate apresentado pela Band no domingo (16) pode virar uma referência, segundo cientistas políticos e jornalistas. O modelo em questão havia sido utilizado apenas nos debates para governadores de SP e os candidatos tinham liberdade para administrar o próprio tempo durante os confrontos e movimentar-se pelo estúdio da emissora. O embate entre Lula (PT) e Bolsonaro (PL) foi marcado, principalmente, por poucas propostas e muita acusação.

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Por trás das câmeras

A presença do ex-ministro Sérgio Moro no estúdio chamou a atenção de comentaristas e telespectadores e foi um dos assuntos que mais repercutiu nas redes. Ele esteve no palco do debate junto aos conselheiros de Bolsonaro, se posicionando, muitas vezes, atrás da câmera em que Lula mais olhava, levando o público e jornalistas a interpretar como uma estratégia para provocar e desestabilizar o ex-presidente devido aos atritos relacionados à Lava Jato.

A investigação, inclusive, ficou entre os assuntos mais comentados no Twitter. Entretanto, houve muitas críticas ao retorno desta aliança, e isso incluiu até os apoiadores de Moro, que o chamaram de “papagaio de Bolsonaro”, enquanto o ex-ministro se posicionou contra Lula em seu perfil. Já os apoiadores do PT interpretaram tudo isso como um atestado da inocência do petista e indicaram parcialidade por parte do até então juiz na época da Operação.

Moro foi citado cerca de 29 mil vezes apenas no Twitter durante domingo e segunda-feira, e os posts com seu nome no Instagram receberam mais de 1 milhão de interações.

Fala mais ou fala menos?

Tanto a equipe do PT quanto do PL direcionaram seus candidatos durante a transmissão do programa. Em alguns momentos, o time de Lula pediu para que ele falasse menos, pois seu tempo de fala estava se esgotando. Especialistas afirmam que ele fez uma má gestão do tempo, uma vez que esgotou sua fala muito antes da de Bolsonaro, que ainda falou por quase 6 minutos sem interrupções. Do outro lado, a equipe de Jair Bolsonaro tentou mudar as regras pouco antes do debate e um dos motivos foi a preocupação com a falta de desenvoltura do presidente para falar caminhando e olhando para as câmeras no novo modelo do debate – algo que Lula tem muita facilidade. Por isso, ele recebeu assistência durante toda a transmissão sobre como se movimentar no estúdio, inclusive do seu filho Carlos. Ainda, foram vários pedidos para parar de falar sobre Covid, tema muito presente no primeiro bloco e que Bolsonaro apresentou desvantagem.

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